Campanha da ANADEP é destaque em conferência sobre políticas para mulheres em Várzea Grande - MT

A AMDEP atua como parceira estratégica na divulgação da campanha “Justiça Climática é Justiça Social” em todo o estado de Mato Grosso
01/08/2025 01/08/2025 13:44 45 visualizações

A campanha “Justiça Climática é Justiça Social”, promovida pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), foi tema de destaque na 5ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres de Várzea Grande (MT), realizada no último dia 25 de julho. A defensora pública de Mato Grosso Tânia Matos conduziu uma palestra que conectou a participação feminina em políticas públicas com os impactos sociais da crise ambiental.

A campanha, que também conta com o apoio da Associação Mato-grossense das Defensoras e Defensores Públicos (AMDEP), vem sendo divulgada no estado com o objetivo de ampliar o debate sobre justiça climática e seus reflexos sociais. Tânia Matos, que é associada da AMDEP, integra a mobilização institucional da categoria no enfrentamento das desigualdades geradas e agravadas pelas mudanças no clima.

Integrante da Comissão de Justiça Ambiental e Climática da ANADEP, a defensora destacou a importância da participação feminina nas decisões políticas e aproveitou o espaço para apresentar os princípios da campanha nacional. “As conferências são espaços onde as mulheres podem apresentar propostas para melhorar a sua qualidade de vida — e qualidade de vida tem a ver com um meio ambiente saudável. Por isso, trouxe para o debate a campanha ‘Justiça Climática é Justiça Social’, que mostra como as mudanças climáticas afetam as pessoas de forma desigual,” afirmou.

Segundo Tânia Matos a crise climática agrava desigualdades já existentes, afetando com maior intensidade populações em situação de vulnerabilidade. “Quem mora em bairros afastados sente mais a falta d’água. Quem vive próximo a rios enfrenta enchentes com mais frequência. As mulheres do campo lidam com a escassez de chuvas que prejudica suas colheitas. Tudo isso é reflexo da degradação ambiental e da ausência de políticas de justiça climática,” explicou.

Tânia também lembrou que somente em 2004, com a realização da I Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, as mulheres passaram a ter voz direta na formulação de políticas públicas voltadas para elas. Antes disso, suas demandas eram majoritariamente transmitidas por movimentos sociais, coletivos e associações.

Organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM-VG) e pela Secretaria Municipal de Assistência Social, a conferência teve como tema “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”. O evento aconteceu no Centro de Convivência para Idosos Vovô Zeid Sacre, no bairro Ipase, e reuniu representantes da sociedade civil, gestoras públicas e lideranças comunitárias.

A programação foi estruturada em quatro eixos temáticos:

  • Governança, instituições e participação popular para a garantia dos direitos das mulheres;
  • Enfrentamento de todas as formas de violência contra a mulher;
  • Autonomia financeira como estratégia para a igualdade;
  • Políticas de saúde integral da mulher, com foco no cuidado de quem cuida.